A busca do conhecimento nas empresas

Dizem que estamos vivendo em uma era como nunca foi vista antes, a era da informação. Encontramos informação disponível sobre tudo e todos os assuntos que podemos imaginar e também aqueles que nem imaginamos existir, e a qualquer momento.
Talvez não nos seja de fácil percepção, mas toda esse volume imenso de informação e conhecimento transformou a nossa vida levando-a a um caminho sem volta. Não nos é mais possível absorver tanta informação, cuja atualização tem uma rapidez tão grande que ao terminarmos de assimilá-las já estrão ultrapassadas.
Na verdade o processo de aprendizado passou a ser contínuo, onde mal terminamos de aprender algo novo e quase sempre temos de atualizar o que aprendemos.
Nessa verdadeira corrida desenfreada que enfrentamos todos os dias, a busca do conhecimento, por si só, passou a ser questionada. Até que ponto é saudável ao ser humano, tanto física como mental, essa ânsia pela informação, pelo conhecimento?
É notório e sabido que nos dias atuais informação e conhecimento são sinônimos de poder. Mas será que são apenas isso? Seria esta a verdadeira razão do ser humano se dedicar tanto à busca do conhecimento?
Para essas questões inúmeras são as respostas possíveis. E todas estarão, de certa forma, corretas pois não há certo ou errado quando se analisa o comportamento humano. Há, isto sim, o aceitável e não aceitável perante a sociedade onde está inserido.
A busca do conhecimento sempre impulsionou o homem a conhecer a verdade e a trazer explicações para as suas indagações. Os mitos surgiram na Antiguidade como forma de conhecimento, baseado na crença, capaz de explicar os fenômenos da natureza.
O homem, de modo geral, vive na busca de informações e verdades que justifiquem até mesmo a sua existência, e essa busca exige-lhe um certo empenho. É sabido hoje que o conhecimento, além de trazer esclarecimento, liberta o indivíduo, tornando-o autônomo e com senso de autodireção, essenciais para a sua vida em todos os aspectos, inclusive dentro do ambiente de trabalho.
Viver numa era em que a globalização integra a tudo e a todos em poucos segundos tornou-se algo brutalmente descompassado, e ainda existem organizações que se isolam do resto do mundo, deixando por essa razão de se retroalimentar e crescer em todos os aspectos, uma vez que o conhecimento somente tem uma finalidade prática na vida do homem quando é dividido, compartilhado e agregado às buscas e desejos do indivíduo.
A inerente busca do ser humano pelo conhecimento chegou a um extremo. A super exposição às informações é uma realidade e um problema. As pessoas passaram a ser superficiais em suas relações, em suas ações, em suas vidas. Nada mais é perene. Troca-se de idéia e de posicionamento assim como se troca de página na internet.
Essa superficialidade afasta as pessoas do que crêem, da religião, das amizades, enfim, da profundidade dos relacionamentos que levam as pessoas a estarem mais atentas umas com as outras. Poderíamos dizer que isto faz parte do processo evolutivo?

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