Os riscos da terceirização

Nas últimas semanas uma notícia que correu o mundo deixou um sinal de alerta: “Funcionários de uma empresa terceirizada que atuavam na segurança de bases militares dos EUA no Afeganistão promoveram festas regadas a bebidas, nudez e orgias, registraram em fotos e vídeos e publicaram na internet.”

Neste caso específico vale ressaltar que naquele país bebidas alcoólicas são proibidas além do fato de que as demais atitudes não condizem com o local nem o momento. Mas o que isso tem a ver com a Gestão Empresarial? Tudo! Pois trata-se de uma atitude que é muito comum no Brasil, mas que esconde perigos diversos e que se não for bem planejada pode se voltar contra seu criador: a terceirização.

O que parecia ser o “pulo do gato” há alguns anos tornou-se um modismo nacional que passou a ser aplicado indiscriminadamente pelas empresas. Utilizando sempre a bandeira de redução de custos, gestores incapazes delegam a terceiros atividades que deveriam administrar, seja porque estão diretamente ligadas aos resultados de sua empresa, seja porque elas são tão fundamentais que a sua perda ou violação pode comprometer a sobrevivência no mercado.

Obviamente que em alguns casos a terceirização é muito bem-vinda, como em áreas que não têm ligação direta com a atividade fim da empresa. Exemplos como limpeza e manutenção, segurança, recrutamento e seleção (com ressalvas) e publicidade (leia-se propaganda e não marketing) são atividades passíveis de terceirização que não comprometem os resultados, salvo casos específicos.

Com certeza alguém vai perguntar: “E a terceirização de T.I.?” E a resposta seria: “Esta é a mais perigosa de todas!”

Pensem: Sua empresa, independente do porte, possui atividades fim e de suporte tais como financeira, contábil , de RH, de marketing e outras. Todas essas atividades são suportadas por T.I., seja por simples planilhas e editores de texto ou por sofisticados sistemas ERP. Então toda a informação de sua empresa está registrada em meios eletrônicos. Caso um gestor num arrombo de inteligência de retenção de custos resolva terceirizar a Área de T.I. ele estará colocando tudo o que acontece internamente em sua empresa nas mãos de outra empresa, ou pior, nas mãos de profissionais independentes. E a segurança dessas informações? Quem e de que forma se pode garantir que os dados não serão copiados e entregues à concorrência? E se as informações simplesmente sumirem, quem vai ressarcir sua empresa dos possíveis prejuízos?

Para isso existem contratos e suas cláusulas, alguns podem responder. Realmente. E neste caso sua empresa já teria perdido o mercado, a receita, clientes e quem sabe até que o processo judicial chegasse ao fim ela já estaria fechada.

Tecnologia da Informação é apenas um exemplo, o risco acontece em diversas outras áreas. O marketing é outro exemplo. Ao terceirizar as atividades de planejamento e lançamento de um novo produto, por exemplo, sua empresa pode ter contratado um agência que presta serviços também a concorrentes, ou pior, que possui funcionários que tem parentes ou amigos em concorrentes.... e por aí em diante.

Isto significa que estou fazendo apologia contra a terceirização? Não! O objetivo é ressaltar que o gestor não deve preocupar-se apenas com a redução de custos, mas que deve ter em mente os riscos de sua decisão, criar cenários futuros desde o mais desastroso até o mais perfeito a fim de poder analisar a viabilidade do projeto. Ou seja PLANEJAR!

A idéia simples da redução de custos não é suficiente. Gerir uma empresa necessita de visão e não apenas querer mostrar resultados aos superiores. Gestores que têm em mente reduzir custos sem se preocupar em aumentar a produtividade, sem valorizar funcionários como pessoas que possuem família, que têm uma carreira e necessidades, certamente estão fadados ao insucesso. A redução de custos pode num primeiro momento parecer eficiente, mas o futuro pode não ser tão glorioso assim. A palavra-chave, mais uma vez é PLANEJAMENTO.

Vejam o caso do início deste artigo. Devido a atitude incoerente dos funcionários de uma empresa terceirizada, cujos administradores se mostraram negligentes, a imagem do Governo dos EUA recebeu mais uma mancha, gestores perderam o emprego, o contrato com a empresa foi cancelado, funcionários foram demitidos e o fato colocou em cheque a ação militar naquele país.

O Analista de O&M morreu. Vida longa ao Analista de O&M!

Há alguns meses atrás participei de um Congresso Nacional que tratava dos temas Segurança da Informação e Processos Administrativos. Durante uma palestra sobre o segundo tema, o palestrante, cujo nome não citarei aqui por não tê-lo encontratdo para obter sua autorização, questionou se havia no auditório algum Analista de Organização & Métodos.

Muitos ficaram espantados e riram. Afinal, o que seria esse tal analista? Perguntaram os mais jovens. E outros, mais experientes, diziam: Será que ainda existe algum?

Diante daquela situação bizarra, timidamente e até com um certo constrangimento levantei o braço, mesmo me apressando em complementar que não atuava diretamente na função, mas que já o havia feito durante muito tempo e as atividades inerentes ainda eram executadas por mim.


Ouviu-se no ambiente murmúrios de risos e surpresa. Senti-me como um animal raro sendo observado por curiosos mil. Neste instante o palestrante veio a meu socorro e comentou: “Eu parabenizo sua empresa por manter viva a figura de um dos profissionais mais importantes dentro de uma organização, independente do porte da mesma.” Viu-se na sequencia um ambiente de rostos com expressão de surpresa e interrogação.

Mas porquê o Profissional de Organização & Métodos desapareceu das empresas?

A resposta é simples: Por pura falta de visão administrativa!


A mudança começou no final da década de 80 quando os sistemas informatizados começaram a pipocar nas empresas. Os profissionais de informática na época eram extremamente técnicos e firmaram uma espécie de “join-venture” com os Analistas de O&M. Nessa ação em conjunto, os procedimentos mapeados pelo Analista de O&M foram a base para o desenvolvimento dos sistemas de gerenciamento, que hoje chamamos de ERP, em todas as áreas.

No desejo desenfreado por economizar, ou melhor reduzir custos como é mais politicamente correto, os gestores se perguntaram se os profissionais de informática não seriam capazes de fazer as atividades de O&M. Obviamente que eram, surgiu então o famoso Analista de Sistemas, que era o profissional que fazia o mapeamento dos processos, elaborava os diagramas de fluxo de acordo com o sistema, especificava os módulos e rotinas e encaminhava para programação.

Atualmente a ganância, quer dizer, a redução de custos forçou que o Analista de Sistemas faça também a programação e a incrível máquina gerou o Programalista . Nossa! Como são inteligentes esses gestores! Quando se aliam ao RH então.... O mesmo profissional levanta os dados, estabelece critérios e regras, e transforma isso em linguagem de máquina. Perfeito!

Sim, perfeito como fazer que parentes se casem entre si com o intuito de diminuir custos com a festa do casamento.

Burrice, é este o
termo politicamente correto para o gestor que pensa desta forma. E porquê? Simplesmente porque a troca de informações, de experiências, o conflito salutar de idéias promove o desenvolvimento e consequentemente a criação de um sistema mais completo e com menos sucetibilidade de problemas e erros.

E todos sabemos que o maior custo de um sistema informatizado não é seu desenvolvimento e sim sua manutenção pós-implementação. Então por pura questão de lógica...

Há ainda aqueles que dizem que as atribuições do Analista de O&M podem ser exercidas por outros profissionais ou por estagiários. Também num assombro de inteligência, estes gestores delegam a recém-formados ou estudantes, a atribuição de organizar os procedimentos internos de sua empresa, com menor custo claro, não levando em conta que um profissional experiente já passou por fases de aprendizado real e não apenas nas bonitas teorias escolares.

Resta aos gestores pensar, mesmo que para muitos isto possa a provocar dores: “O que é melhor: pagar e ter o trabalho executado uma única vez com qualidade ou arriscar e gastar muito mais em retrabalho?”


Sei que o texto é um pouco irônico e que alguns poderão achá-lo agressivo, mas o intuito é fazer com que os atuais gestores utilizem de suas faculdades mentais para planejar. E PLANEJAR é a palavra-chave!

Ter um profissional de assessoria em O&M, seja ele contratado ou como consultor, não é luxo, é libertar-se de preocupações com processos e controles internos para dedicar seu tempo à gestão de sua empresa. Para enfatizar, perguntem-se porquê organizações de grande porte como bancos e multinacionais ainda tem a figura do Analista de O&M (ou Analista de Negócios ou de Processos Administrativos) em seu quadro funcional? Com certeza não é por luxo ou por não terem onde gastar seu dinheiro.

É apenas por necessidade e por saberem que o agrupamento de funções sobrecarrega o profissional, reduz o desempenho, faz cair a produtividade e aumenta a rotatividade (turn over). Ou seja, usam a inteligência!


O Analista de O&M morreu... Vida longa ao Analista de O&M!

Segurança da Informação não é só T.I.

Durante uma viagem que fiz há algum tempo, estavam sentados na fileira de poltronas logo atrás, dois senhores que soube mais tarde eram o CEO e o Gerente Geral de uma empresa de construção civil. Eles discutiam em tom audível a quem quisesse os dados e valores que seriam incluídos em sua proposta numa licitação governamental. Sem se importar com quem estava por perto falavam abertamente de prazos e valores de cada item, que eram incluidos numa planilha eletrônica que certamente seria parte do processo.

Este é um exemplo clássico da falta de importância que quase cem por cento das empresas dá à segurança da informação. A grande maioria se preocupa com seus sistemas de informação, “back-ups”, anti-virus, “firewall” etc., e se esquece que o acesso indevido a informação não ocorre apenas no mundo virtual.

Muitos sequer se dão conta que o local mais vulnerável de sua empresa é a lata de lixo. Sim, ela mesma que recebe dezenas de relatórios, fotocópias, anotações, cartas, impressões com falhas e outros sem nenhum critério de inutilização. E o segundo mais vulnerável é a boca dos funcionários. Isto mesmo! Grande parte não tem discernimento suficiente para não sair contando aos amigos e parentes o que ocorre diariamente dentro da empresa. E de boca em boca a informação chega a ouvidos interessados.

Outra brecha muito comum são os telefones celulares. As vezes me pergunto o quão incompentes e irresponsáveis são os profissionais que deixam para resolver assuntos de negócios no saguão de espera dos aeroportos, hotéis, restaurantes etc. Discutem aspectos financeiros, citam nomes de clientes, as vezes detalhes de investimentos e de marketing, usam seus notebooks como troféus de campeões sem se importar com pode estar ouvindo ou lendo o digitam. Creio que essas pessoas nunca se perguntaram porque perderam um cliente ou negócio quando ele estava praticamente fechado. Será apenas ingratidão do cliente ou será que sua irresponsabilidade criou meios para tal?

Um programa de Segurança da Informação eficiente deve abranger muito mais do que os “back-ups” de T.I. Envolvem treinamento, conscientização e adequação de procedimentos internos que garantam a segurança e também a contingência nos casos de ocorrências. Lembrando que os programas de qualidade tocam no assunto, mas não se aprofundam o suficiente para garantir os resultados, sendo portanto a Segurança da Informação um complemento destes.

E como os gestores podem sentir os resultados? Não poderão perceber com facilidade! O resultado sensívei é a não ocorrência de fatos como os citados acima. Então por que investir (leiam gastar) com esse tipo de ação? A resposta é simples: REDUÇÃO DE RISCOS!

Ah, já ia me esquecendo. A empresa de construção civil citada no incício deste texto perdeu a licitação para sua concorrente direta e mais próxima, que cotou valores, em média, 5% menores. Será que havia algum funcionário desta concorrente sentado a meu lado? Não tenho como saber, mas é bem provável que sim. E como eu sabia que eram o CEO e o Gerente Geral que conversavam? Eles disseram várias vezes, afinal pareciam muito empenhados em lustrar seus egos perante a platéia.

Sendo mais radical, imaginemos se o avião onde estávamos se acidentasse a empresa do exemplo ficaria acéfala pois as duas pessoas chave da mesma estavam viajando juntas. Isto também faz parte da Segurança da Informação.


VENDENDO MEU PEIXE:

Se sua empresa ou universidade deseja realizar palestras para difundir os conceitos de Segurança da Informação e suas implicações e /ou implementação de processos de Segurança da Informação e Contingência, entre em contato. Estou a disposição.

DICAS DE SEGURANÇA - Parte V - No trânsito

A segurança e proteção pessoal em casa ou no exterior dependem do conhecimento de seu ambiente, de cuidados e de bom senso em todos os momentos.

Segurança em Veículo

- Sempre mais seguro que qualquer outro meio de transporte, a viagem de carro, porém, apresenta outros riscos que podem ser minimizados por simples precauções.

- Nunca estacione em áreas escuras ou isoladas. O uso de um bom sistema de alarme e uma trava de direção provavelmente deterá o ladrão mais comum de carro.

- Assegure-se de que alguém responsável em casa ou no escritório conheça o seu plano de viagem e que saiba o que fazer se você estiver fora do programado.

- Evite ruas estreitas, escuras e de pouco movimento. Use as pistas centrais quando possível e mantenha distância do veículo da frente de maneira que você possa manobrar em caso de emergência. Use os espelhos para monitorar os acontecimentos ao seu redor.

- Quando estiver dirigindo, mantenha as portas travadas. Se precisar abrir uma janela para permitir a ventilação do veículo, abaixe a janela do passageiro, ao lado do motorista em no máximo 5 cm.

- Habitue-se a verificar os arredores ao sair ou chegar de uma viagem. Procure por pessoas suspeitas, veículos estranhos ou coisas incomuns.

- Saiba a localização de postos policiais, bombeiros, hospitais e outros edifícios públicos que possam servir como refúgio ao longo de sua rota.

- Fique sempre em alerta em sinaleiros; deixe sempre espaço entre o seu veículo e o da frente para que você possa contorna-lo ou contornar qualquer outra obstrução que tenha pela frente. (Regra básica: se você pode ver os pneus traseiros do carro que está na sua frente, você tem espaço suficiente para manobrar). Mantenha coisas de valor fora da vista das pessoas que passam pela rua.

- Verifique o interior do carro antes de entrar nele. Entre o mais rápido possível e tranque as portas. Tenha as chaves na mão ao se aproximar do veículo.

- Não acredite que um policial é um policial simplesmente pelo uniforme. Verifique se o uniforme é o correto e se está completo. Em dúvida, peça para ver a identificação policial.

- Tome cuidado com outros carros que apontem “pneus furados” ou falhas em seu veículo. Não dê caronas. Tome cuidado em cenas de acidentes, especialmente quando o trânsito é desviado.

- Em caso de um pequeno acidente, deixe que o outro motorista saia do carro e venha até você. Abra, um pouco, a janela e avalie o outro motorista. Se necessário, troque detalhes sem sair do veículo.

- Nunca responda a uma agressão na estrada e nunca se comunique com outros motoristas. Evite o contato “olho no olho”.

Confronto

- Se você acha que está sendo seguido, confirme sua suspeita fazendo meia-volta ou acelerando, pisando no freio ou mudando de pista, de maneira casual.

- Observe os detalhes do veículo suspeito e de seus ocupantes.

- Não pare seu veículo e não se deixe “prensar”.

- Se achar que está sendo seguido vá até o refúgio mais próximo (posto policial, bombeiro, hospital, etc). Não vá para casa.

- Se tiver um telefone no carro, chame a polícia.

- Se for diretamente ameaçado enquanto estiver dirigindo, continue em movimento.

- Se alguém tentar lhe atacar enquanto você está em seu carro, ligue o alarme do carro, faróis e/ou pisca-alerta. Acione a buzina.

- Se o veículo for atacado, manobre (sob controle) em diferentes velocidades. Evite que o veículo que está lhe atacando fique do lado de seu veículo, mude de pista e aumente a velocidade de maneira segura enquanto procura um refúgio.

Segurança em Táxi

- Escolha o táxi com cuidado. Nunca use carros não licenciados ou sem identificação ou entre em táxis que já estão levando outros passageiros.

- Geralmente, os táxis na frente de terminais de trem ou aeroportos e os que ficam em frente dos hotéis são os mais seguros.

- Se for chamar um táxi de um lugar público, assegure-se de que ninguém está ouvindo a sua conversa.

- Ao chamar um táxi, pergunte o nome do motorista e o número do táxi que responderá sua chamada.

- Sempre combine o destino e o preço da corrida antes de entrar no veículo.
Escreva o seu endereço de destino em um papel, na língua local e carregue-o consigo.

- Nunca entre em um táxi que tenha, além do motorista, um outro indivíduo.

- Sempre sente no banco traseiro atrás do motorista e nunca dê informações pessoais.

- Pague antes de sair do táxi.

- Se sua bagagem for colocada no porta-malas, não saia até que o motorista abra o porta-malas. Ainda, deixe a porta aberta até que a bagagem tenha sido removida do veículo.

DICAS DE SEGURANÇA - Parte IV - Segurança de dados eletrônicos

A segurança e proteção pessoal em casa ou no exterior dependem do conhecimento de seu ambiente, de cuidados e de bom senso em todos os momentos.

Segurança de Dados Eletrônicos/Computador

- Os laptops são muito vulneráveis ao roubo em um escritório, casa ou veículo. Proteja o equipamento e a informação que ele armazena.

- Equipamentos de computação portáteis devem ser muito bem guardados em todas as ocasiões e nunca podem ser deixados sem atenção ou proteção no escritório ou em saguões de aeroportos e hotéis, etc.

- Se forem deixados no escritório, durante a noite, tranque-os em lugar seguro.

- Cuidado com ladrões que simplesmente entram e roubam. Indague a presença de qualquer estranho no seu local de trabalho.

- Use caixas de depósito ou cofres em hotéis para guardar seus equipamentos de computação portáteis.

- Esconda o computador no porta-malas do carro quando o estacionar.

- Tome especial cuidado ao passar pelo controle de Raios X nos aeroportos.

- Ao viajar, tome cuidado com estranhos que fazem muitas perguntas ou que prestam atenção em conversa alheia ou que tentam olhar a tela de seu computador, podem estar tentando roubar informações.

- Carregue seu laptop em uma bolsa que não chame tanta atenção quanto pastas específicas para laptops. Mochilas também são visadas pois os ladrões já sabem que são outra opção de transporte destes esquipamentos. Seja criativo e proteja-se.

- Use senhas com números e letras juntos, se possível inclua caracteres especiais como @ # $ %& * e as troque regularmente.

- Lembre-se de fazer regularmente cópias de segurança dos dados.

- Relate, imediatamente, a perda de equipamento de sua empresa. Registre a ocorrência junto a autoridade policial mais próxima.

- Anote o número de série do laptop que você usa e o dê a polícia em caso de roubo.

- Os usuários de laptops devem considerar o uso de travas e software para codificar os dados durante suas viagens.

DICAS DE SEGURANÇA - Parte III - Nas ruas (em viagem ou na sua cidade)

A segurança e proteção pessoal em casa ou no exterior dependem do conhecimento de seu ambiente, de cuidados e de bom senso em todos os momentos.

Segurança nas Ruas

- Em viagem, lembre-se que guerras e situações de conflito podem gerar alguns atos terroristas, assim devem ser evitados lugares supostamente alvos (Pontos turísticos, Embaixadas e Consulados Americanos, McDonald’s, Pizza Hut, etc).

- Aprenda algumas frases comuns e/ou carregue um dicionário ou cartão com frases úteis para uma emergência. Quando você não falar a língua local, leve um papel com o endereço de seu hotel escrito na língua local para que possam ser entendidos por um motorista de táxi.

-Aprenda a usar telefones públicos e carregue consigo um cartão telefônico e dinheiro trocado para o caso de uma emergência.

-Aprenda a reconhecer os uniformes e credenciais de agentes públicos, por exemplo, polícia e outros serviços de segurança, etc.

- Vista-se e comporte-se de maneira conservadora. Não mostre que tem dinheiro ou jóias. Evite comportamento saliente que possa chamar a atenção pública ou que lhe dê a imagem de estrangeiro potencialmente rico ou importante. Seja educado e aparente simplicidade. Tome cuidado com estranhos que tentarem conversar com você sobre negócios ou tentarem extrair informações pessoais.

- Carregue, pelo menos, um cartão de crédito separado dos outros. Se sua carteira for roubada, você ainda terá uma opção de recurso financeiro.

-Ande, o quanto for possível, por ruas bem iluminadas e movimentadas, de frente para o tráfego. Evite atalhos.

- Nunca mostre grandes somas em dinheiro quando for pagar uma conta. Coloque seu dinheiro em diferentes bolsos para evitar o manuseio de grandes quantias. Lembre-se do quanto tem em cada bolso e quando fizer compras retire do bolso apenas a quantia necessária para aquela compra. Se preferir usar um cartão de crédito, mantenha-o sempre no seu campo de visão e assegure-se de que o comerciante o devolve depois de cada transação. Peça os recibos de pagamento com cartão de crédito que contém, o número completo de seu cartão e os destrua (rasgue-os ou queime-os) e nunca os jogue em latas de lixo.

- Exercite a precaução e o bom senso ao visitar boates, discotecas e outros estabelecimentos que funcionam à noite. Assegure-se, previamente, de que terá transporte seguro de volta ao hotel ou residência – já que táxis confiáveis são difíceis de encontrar durante a noite.

- Tome cuidado em áreas com grande concentração de pessoas, como estações de trem, ônibus e metrô e mercados ao ar livre e locais turísticos – os punguistas (batedores de carteira) preferem agir em locais assim.

- Se possível, evite carregar pastas, laptops etc. quando estiver andando na rua. Carregue pastas, sacolas e bolsas de maneira segura, para prevenir a ação de ladrões que “arrancam” os pertences das mãos de suas vítimas. Ao sair para andar, deixe no cofre do hotel ou em casa itens não essenciais, de difícil reposição como cartões de crédito, carteira de motorista, carteira de associado e fotos de família.

- Se você achar que está sendo seguido – atravesse a rua e continue andando. Se ainda tiver a sensação de que está sendo seguido, vá para um local público e bem iluminado (shopping center, etc). Use roupas folgadas e sapatos confortáveis que permitam andar e correr. Mantenha as mãos fora dos bolsos.

- Esteja sempre preparado para sair de qualquer situação que possa se tornar violenta ou levar ao uso de armas.

- Se confrontado por agressores armados, dê seus pertences, sempre. Não reaja e não faça movimentos bruscos. Nunca carregue grandes somas de dinheiro ou qualquer outro item que você não quer perder.

- Relate imediatamente qualquer roubo de itens pessoais a polícia e os de trabalho à sua empresa.

- A perda ou roubo de um passaporte deve ser imediatamente informado à Embaixada ou Consulado mais próximo.

DICAS DE SEGURANÇA - Parte II - No Hotel

A segurança e proteção pessoal em casa ou no exterior dependem do conhecimento de seu ambiente, de cuidados e de bom senso em todos os momentos.

No Hotel

- Tome cuidado para não descuidar dos procedimentos de segurança pessoal quando estiver na relativa segurança de um hotel.

- Considere os riscos em potencial de terrorismo/crimes ao selecionar os hotéis. Cadeias internacionais de hotéis e hotéis de turismo, especialmente em períodos sensíveis e de pico são sempre arriscados.

- Peça para ficar em um quarto entre o 2º e o 10º andar – poucas cidades no mundo tem escadas de incêndio que alcançam acima do 10º andar e ladrões, em geral, não se aventuram acima dos andares mais baixos de um hotel.

= Enquanto estiver carregando sua bagagem de mão, mantenha-a sempre dentro do seu campo de visão e alcance. Ao registrar-se, mantenha as malas/bagagens encostadas nas pernas e sua pasta, laptop ou bolsa sobre o balcão ou mesa, na sua frente.

= Não entregue seu passaporte ao hotel, a menos que exigido por lei. Os hotéis, geralmente, fazem uma fotocópia o que é aceitável.

- Não deixe a chave do quarto na recepção. Mantenha-a com você.

- Sempre aceite ajuda para instalar-se no quarto. Deixe que o funcionário do hotel abra o quarto, ligue as luzes e faça uma inspeção visual do quarto para assegurar-se de que está realmente vago e pronto para a sua estadia.

- Familiarize-se com todas as saídas de emergência e portas de incêndio. Normalmente os hotéis disponibilizam os procedimentos de emergência nos quartos.

- Mantenha valores e documentos importantes no cofre do hotel ou em caixas de depósito apropriadas. Onde possível, mantenha informações proprietárias (pen-drives, documentos, etc) com você.

- Quando estiver dentro do quarto, passe o trinco ou a corrente na porta ou use qualquer outro mecanismo de travamento secundário, onde possível.

- Não abra a porta de seu quarto no hotel para um estranho. Se alguém se identificar como sendo da polícia ou do hotel, telefone para a recepção e verifique antes de abrir a porta.

- Seja discreto ao falar nos telefones do hotel e celulares. Cuidado com pessoas que possam estar ouvindo a conversa. Não discuta assuntos importantes de trabalho ou assuntos pessoais pelos telefones do hotel.

- Não abra pacotes ou envelopes enviados para o hotel, a menos que conheça o remetente.

DICAS DE SEGURANÇA: Parte I - Em Viagem

A segurança e proteção pessoal em casa ou no exterior dependem do conhecimento de seu ambiente, de cuidados e de bom senso em todos os momentos.


Em Viagem

- Planeje sua viagem.


- Familiarize-se com a cultura, costumes, leis locais e clima político dos países a serem visitados.


- Use a companhia aérea conhecida e confiável.


- Prepare com antecedência toda a documentação necessária para a viagem (passaporte, vistos, vacinas, etc).


- Obedeça os horários de check-in exigidos pois as revistas de documentos e bagagens estão muito mais criteriosas, exigindo portanto mais tempo.


- Tire fotocópias dos detalhes de seu passaporte e vistos e coloque-os em malas ou volumes diferentes.


- Viaje anonimamente sem mostrar o logotipo de sua empresa ou etiquetas para bagagem que identifiquem-na. Escreva apenas o seu nome, endereço comercial e número de telefone em uma etiqueta comum. Escreva seu endereço residencial completo em uma etiqueta que deve ser colada na parte interna da tampa de sua mala.


IMPORTANTE: NÃO USE CARTÕES DE VISITA COMO ETIQUETAS DE BAGAGENS!


- Não carregue desnecessariamente, documentos que identifiquem seu nome, cargo ou associação com organizações em particular e documentos de filiação profissional ou política.


- Não fique passeando por áreas públicas do aeroporto. Vá para o saguão de embarque apropriado assim que possível.


- Mantenha contato, sempre, com sua bagagem de mão.


- Fique longe de bagagens, sacolas e volumes sem dono.


- Fique alerta se abordado por estranhos que fazem muitas perguntas ou pessoas que prestam muita atenção naquilo que você diz. Mantenha comportamento discreto. Ao falar com estranhos, seja tão vago quanto possível em relação ao seu destino final, hotel, duração de sua estadia e o propósito de sua visita.


- Procure combinar com alguém para ser apanhado no aeroporto; alguém conhecido ou cuja identificação seja de fácil verificação. Não dê sua bagagem para nenhum indivíduo carregar até ter certeza que ele é confiável.


- Se possível, peça para que o nome do motorista, o modelo do carro e se possível a placa sejam informados (enviados por e-mail) antes do início da viagem.


- Obtenha notas de baixo valor da moeda do país que vai visitar, antes de viajar.
- Seus medicamentos devem ser levados em suas embalagens originais com as bulas, na bagagem de mão. Leve detalhes médicos pessoais, relacionados com os medicamentos ou condições médicas para o caso de ficar doente durante a viagem.


- Não leve pacotes ou presentes em nome de pessoas desconhecidas. Sempre assegure-se sobre o conteúdo do pacote.

Liderança - uma breve análise

A liderança tornou-se a nossa obsessão. Nós falamos sobre ela, a assistimos na televisão e lemos sobre ela nos jornais. Livrarias estão cheias de livros sobre o assunto.

Apesar de sempre ter havido um interesse no estudo da liderança, nos últimos anos houve uma explosão. Não somente milhares de livros foram impressos sobre várias idéias eteorias em liderança, mas agora centenas de cursos e programas acadêmicos estão disponíveis para aqueles interessados em liderança.

Nas primeiras discussões sobre líderes e liderança, o foco era geralmente em um único indivíduo, Mas à medida que o debate foi aquecendo uma ampliação na definição e compreensão de liderança ocorreu. Entende-se agora que um “líder” pode ser qualquer um, desde uma pessoa no topo de uma organização hierárquica a qualquer outra pessoa que trabalhe dentro ou fora da organização. Na verdade, quando pressionados para darem uma definição de liderança, muitos autores admitem que não existe uma boa definição.

O que é Liderança?

Segundo o dicionário:

Liderança: espírito de chefia; forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos (Dic. Aurélio). Função, posição, caráter de líder; espírito de chefia; autoridade, ascendência (Dic. Houaiss)

Segundo a literatura:

Liderança é um termo crescentemente evocado no campo do desenvolvimento. O sucesso de uma iniciativa social é, muitas vezes, atribuído à “qualidade da liderança”. Também é comum o uso do termo para se referir à sua ausência, ou a “problemas de liderança” nas organizações. Normalmente, ao se falar em liderança, faz-se referência a uma pessoa, aquela que está à frente dos processos, em posição de tomada de decisão.

O perfil do Líder

Liderança é uma habilidade que pode ser apurada e o nível de seu amadurecimento vai depender do grau de auto-conhecimento, das experiências vividas e do quanto a pessoa está atenta e investe neste aspecto do seu desenvolvimento pessoal. Isso significa que liderança é uma competência que pode ser desenvolvida.

O perfil de líder é desenvolvido de acordo com as competências pessoais, mas isso não significa que aqueles que não as possuam devam desanimar. Há maneiras de adquirir esse espírito de liderança.

Diferenças entre líder e chefe

O chefe é essencialmente manipulador e sua grande virtude está em manter a passividade dos funcionários na luta pelos objetivos, que são dele ou da empresa. Age como se o trabalho não fosse fonte legítima de satisfação e, sendo assim, os trabalhadores têm que ser forçados a realizá-lo. Gere pelo movimento, ao invés de pela motivação. Em sintonia com a filosofia empresarial que lhe dá guarida, parte do pressuposto de que problemas técnicos exigem conhecimento, mas para problemas com pessoas basta um pouco de bom senso.
O líder vai exatamente na contra-mão de tudo isso.

Teorias sobre Liderança

Teoria dos traços: liderança é nata, ou seja, as características dos líderes são genéticas, não podendo, portanto, serem aprendidas.

Teoria comportamental: sustenta que a liderança é nata e com as características pessoais relativamente fixas, essa abordagem busca descobrir os determinantes críticos do comportamento do líder, podendo assim as características serem ensinadas e modificadas.

Teoria contingencial: o líder consegue ajustar seu estilo até o ponto em que a situação específica permita que ele exerça influência sobre o grupo.

Teoria situacional: Na situação em que existe a necessidade de se realizar tarefas ou atingir metas, é necessário alguém para implementá-las.

Teoria do recurso cognitivo: A base dessa teoria reside na dificuldade do líder pensar logicamente peranteforte tensão, e que a sua inteligência e experiência são diferenciais nas situações de alta ou baixa tensão.

Teoria do caminho objetivo: busca explicar as forças do modelo transacional. Foca a motivação como propósito essencial do líder, informa aos colaboradores as metas e o melhor caminho para alcançá-las e argumenta, essencialmente que o líder deve ajudar os subordinados no alcance de suas metas, fornecendo apoio necessário para que os liderados atinjam os objetivos, reduzindo os obstáculos.

Teoria neocarismática: enfatiza os comportamentos simbólicos e emocionalmente apelativos dos líderes, tenta explicar como certos líderes têm a capacidade de conseguir excepcional comprometimento por parte dos seus liderados e, finalmente, trazem a liderança a uma forma simples, possível a qualquer pessoa.

O que é motivação?

A motivação dos indivíduos é um processo interno, em que cada um desenvolve impulsos motivacionais distintos em momentos diferentes, reconhecendo que estas forças afetam diretamente a maneira de encarar o trabalho e sua própria vida.

Um motivo nada mais é do que uma necessidade que atua sobre o intelecto fazendo o ser humano agir, movimentar-se. A motivação nasce das necessidades humanas e é concebida como uma inclinação para a ação, tem origem em um motivo (necessidade). Conseqüentemente, a satisfação é o atendimento desta necessidade.

Conclusão

Ser líder em um mundo que vive em constante mutação é um grande desafio. Atualmente não basta ter habilidades, aptidões e para ser um líder, é necessário uma constante busca de conhecimento e muito jogo de cintura para satisfazer e motivar as necessidades dos liderados. Apenas seguir regras de outros ou buscar o poder para si próprio pode se tornar uma arma de desmotivação e de desconfiança.

Iniciativa, ousadia, inovação, visão, confiança entre outros sentidos devem ser usados constantemente a fim de atingir não só os objetivos organizacionais, mas o sim de todos os envolvidos.


Bibliografia
BENNIS, W. A formação do líder. São Paulo: Atlas, 1996.
BERGAMINI, C. W. Liderança, Administração do Sentido.São Paulo: Atlas, 1994.
Dicionário Escolar Latino-Português. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1962.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

Gestão do Conhecimento nas empresas

Gestão do Conhecimento é, em resumo, a administração do conhecimento das pessoas que atuam em uma determinada empresa com finalidade de aproveitar este conhecimento em benefício da própria empresa.
Também chamado de capital intelectual, é considerado por muitos autores como um bem que a empresa possui. É composto pelo conhecimento das pessoas e também pelo conhecimento da empresa. Este último abrange os procedimentos, políticas, marcas, patentes, relacionamentos com clientes e fornecedores etc.
Com esta conceituação pode-se ver claramente que o Conhecimento é um bem intagível mas ao mesmo tempo tangível, que pode ser avaliado inclusive financeiramente em alguns pontos, daí a denominação de Capital dado por alguns autores.
Olhando por este prisma, a empresa atual deve considerar a Gestão do Conhecimento como parte de seu planejamento estratégico e integrá-la às práticas de Recursos Humanos, pois não se trata de mais um modismo administrativo e sim de uma necessidade que pode ou não tornar a empresa competitiva no mercado em que atua.
Para aplicar na prática os conceitos da Gestão do Conhecimento, a empresa deve ter uma avaliação precisa de sua estratégia operacional, difundir entre as pessoas a cultura de compartilhamento de informações e promover de forma efetiva ações de integração.
Afinal, muitos pensam: “Se ter a informação é ter poder, então por quê compartilha-la?” Esta questão é o ponto-chave para empresa, pois ao conseguir mudar esta linha de pensamento a empresa pode mostrar que para ela e para o funcionário como pessoa é muito importante difundir o conhecimento para preservá-lo. Um dos métodos utilizados é rotação de atividades, ou “job rotation”, onde os funcionários passam por períodos pré-determinados em setores diferentes daqueles que atuam para aprender novas tarefas, assim o conhecimento ligado àquela atividade é difundido, inclusive para outros setores, criando um intercâmbio e perpetuando o “know-how” da empresa.

A busca do conhecimento nas empresas

Dizem que estamos vivendo em uma era como nunca foi vista antes, a era da informação. Encontramos informação disponível sobre tudo e todos os assuntos que podemos imaginar e também aqueles que nem imaginamos existir, e a qualquer momento.
Talvez não nos seja de fácil percepção, mas toda esse volume imenso de informação e conhecimento transformou a nossa vida levando-a a um caminho sem volta. Não nos é mais possível absorver tanta informação, cuja atualização tem uma rapidez tão grande que ao terminarmos de assimilá-las já estrão ultrapassadas.
Na verdade o processo de aprendizado passou a ser contínuo, onde mal terminamos de aprender algo novo e quase sempre temos de atualizar o que aprendemos.
Nessa verdadeira corrida desenfreada que enfrentamos todos os dias, a busca do conhecimento, por si só, passou a ser questionada. Até que ponto é saudável ao ser humano, tanto física como mental, essa ânsia pela informação, pelo conhecimento?
É notório e sabido que nos dias atuais informação e conhecimento são sinônimos de poder. Mas será que são apenas isso? Seria esta a verdadeira razão do ser humano se dedicar tanto à busca do conhecimento?
Para essas questões inúmeras são as respostas possíveis. E todas estarão, de certa forma, corretas pois não há certo ou errado quando se analisa o comportamento humano. Há, isto sim, o aceitável e não aceitável perante a sociedade onde está inserido.
A busca do conhecimento sempre impulsionou o homem a conhecer a verdade e a trazer explicações para as suas indagações. Os mitos surgiram na Antiguidade como forma de conhecimento, baseado na crença, capaz de explicar os fenômenos da natureza.
O homem, de modo geral, vive na busca de informações e verdades que justifiquem até mesmo a sua existência, e essa busca exige-lhe um certo empenho. É sabido hoje que o conhecimento, além de trazer esclarecimento, liberta o indivíduo, tornando-o autônomo e com senso de autodireção, essenciais para a sua vida em todos os aspectos, inclusive dentro do ambiente de trabalho.
Viver numa era em que a globalização integra a tudo e a todos em poucos segundos tornou-se algo brutalmente descompassado, e ainda existem organizações que se isolam do resto do mundo, deixando por essa razão de se retroalimentar e crescer em todos os aspectos, uma vez que o conhecimento somente tem uma finalidade prática na vida do homem quando é dividido, compartilhado e agregado às buscas e desejos do indivíduo.
A inerente busca do ser humano pelo conhecimento chegou a um extremo. A super exposição às informações é uma realidade e um problema. As pessoas passaram a ser superficiais em suas relações, em suas ações, em suas vidas. Nada mais é perene. Troca-se de idéia e de posicionamento assim como se troca de página na internet.
Essa superficialidade afasta as pessoas do que crêem, da religião, das amizades, enfim, da profundidade dos relacionamentos que levam as pessoas a estarem mais atentas umas com as outras. Poderíamos dizer que isto faz parte do processo evolutivo?

Um novo paradigma para o conhecimento

A ciência tem como função descrever e tentar explicar o que ocorre na natureza exatamente da forma como acontecem. Há uma frase de Demócrito que sintetiza esta concepção: “A função da Ciência é descrever a natureza como ela é, e não da maneira que gostaríamos que fosse.” Além de sintetizar a definição, é tida também como um pilar do pensamento científico.
Sempre que observamos algum fato, que contraria a teoria, devemos abandonar ou modificar a teoria. Uma teoria cientifica é sempre uma hipótese, pois mais cedo ou mais tarde, aparece um fato que irá destruí-la. Quando uma teoria é destruída, transforma-se em um mito. Toda teoria tem que funcionar na pratica, pois se a idéia não funcionar, é um mito.
Para a validação de qualquer teoria, é absolutamente necessária a existência de um ou mais experimentos reprodutíveis que a sustente, é importante ressaltar que os experimentos devem estar estruturados sob a ótica científica. A ausência ou insuficiência de experimentos e sua reprodutibilidade ou observações de fenômenos naturais impedem que qualquer hipótese possa alcançar o nível de teoria.
A análise acima no leva a refletir sobre como o ser humano deve proceder para entender, ou ao menos tentar, os fenômenos físicos naturais, aqueles causados por suas próprias ações, intensionais ou não, e também aqueles considerados além do atual estágio de desenvolvimento intelectual atual.
O ser humano se diferencia dos outros seres exatamente pela sua capacidade de conhecer. É o ser que supera a sua animalidade com a racionalidade. Assim, ao entrar em contato com a realidade, imediatamente captura-a em relação ao seu próprio eu, à sua cultura, à sua história. Por aí evolui o conhecimento humano. Quanto mais evolui o conhecimento, mais se afirma como diferente dos outros seres. Quanto mais evolui o conhecimento, mais se conhece e se elabora.
Portanto, o conhecimento é uma forma de estar presente fisicamente no mundo. O que distingue o conhecimento científico do senso comum é, antes de tudo, a desconfiança que a ciência tem das certezas aceitas com facilidade, da aderência imediata à coisa, da ausência de crítica, da aceitação natural e da falta de curiosidade.
Mas a ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo. O ser humano busca essa explicação através da filosofia. A concepção filosófica é especulativa e não oferece soluções definitivas para as várias questões formuladas pela mente humana.
Entremeada com a religiosidade, a filosofia dá ao ser humano a o embasamento para o preenchimento das lacunas que a ciência ainda não foi capaz de cobrir. Sem explicações lógicas ou racionais para uma determinada situação, o ser humano utiliza os conceitos filosóficos para tentar entender e muitas vezes recai na religiosidade para encontrar uma explicação aceitável para o evento, mesmo que muitas vezes ela não pareça coerente ou realista.
Toda esta construção de raciocínio vem de um processo lógico de ligação de eventos passados e conclusões baseadas em análise. Este conjunto ações é definido por alguns autores como sendo o processo de arquitetura do conhecimento.
E o processo do conhecimento mostra ao homem que ele jamais é alguma coisa pronta na medida em que está, sempre nascendo de novo quando tem a coragem de se mostrar aberto diante da realidade que lhe é apresentada.
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